Trabalhar com estatisticas é , infelizmente, amiude lidar com interpretaçoes e conveniencias mais do que com factos brutos. Hoje li uma publicação onde indica que Portugal tem uma taxa de emprego de 65.6% (http://www.dn.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=3921197).
Se desemprego entre pessoas de 20 a 64 anos de idade com capacidade de empregabilidade (em idade activa, não de baixa, não encarcerados, registados/legalizados, dentro do territorio nacional) é de 65.6% entao a taxa efectiva de desemprego é de 34.4%. Mas quase nunca se apresenta este numero, porque ia chocar aida mais as pessoas. Vejam todas as noticias sobre desemprego e quantas vezes este numero é dito. Mesmo neste artigo so diz a taxa de emprego é de 65.6. O que é publicado amiude por governo e media é de cerca de 15%. Ora sabemos que dentre os desempregados "empregaveis" so 32% neste momento recebem subsidio de desemprego.
Temos 34.4% activos sem emprego ;1/3 dos quais com subsidio de desemprego; ou seja da população activa empregavel os desempregados a receber subsidio compoem 11.46% e os desempregados sem o subsidio são 22.93%.
De onde vem o numero badalado de cerca de 15%" badalado na propaganda? É simples e triste. Não dizem 34 porque soa mal e da a consciencia de que somos muitos, nao se diz 11 porque os desempregados nao teem amiude mt noção de seus numeros mas suspeitam que é mais. 15% é a taxa aproximada de desempregados com subsidio mas dentro da faixa estaria mais relevante para a interpretação e padroes actuais- entre 25 e 45 (idade apos licenciatura e estagio, em que já se estima começa a produzir com eficacia e nao em estagio e até 45 porque apos isso se deduz por analise nao so estatistica mas de interpretação sensivel/opinião versus facto, de que a partir dessa idade uma pessoa ora por familia ou por status na carreira é ingerido ja nao é tao produtivo como os outros). Que insulto para os jovens recem licenciados e outros e que insulto para os de mais de 45.
Mas olhemos para os cargos de chefia alta nas empresas medias a grandes e vemos bastantes neste interregno; vemos cada vez menos pessoas acima dos 45-e quase nunca mulheres, naquilo que a logica dita seria a idade de produtividade se nao com mais quantidade concerteza com mais qualidade, menos riscos, mais valia por experiencia e menor instabilidade/risco emocional.
Publicar que o desemprego esta a 15% é dizer: ha muitos mais, mas so nos interessa pessoas entre 25 e 45anos para as contas de desempregados.
Isto depois reflecte-se em quem é desempregado- o que revela que o problema não são os politicos, é a sociedade, somos cada um de nós que nao tem as prioridades correctas e nao esta a ser analitico e profissional na hora de fazer castings.
No fim de Abril foi publicado no jornal "Publico", http://www.publico.pt/economia/noticia/apoios-a-quem-perdeu-subsidio-de-desemprego-aumentaram-11-num-ano-1633861, escondidinho no texto mais rapidamente se despede um homem que uma mulher (factos , nao opiniões) e que entre as mulheres a taxa de empregabilidade ou manutenção do trabalho começa a diminuir drasticamente a partir dos 35 anos. Basta consultar o site de INE, instituto nacional de estatisticas, ai os numeros estão em bruto e nao reinterpretados- mas é mais facil ler as noticias e interpretaçoes de acordo com os gostos , modas e conveniencias dos outros(?).
Uma outra coisa que é tao deturpada que quase nao se fala é que a partir dos 35 e sem duvida depois dos 39 uma mulher é vista como menos capaz e como tal menos empregavel. Porque é que isto nao se publica e investiga? Porque somos uma sociedade dominada pelo impeto sexual e excessiva e injustamente competitivo- nas areas que menos importam. Vejam a volta, quantas mulheres não magras e com mais de 35 anos trabalham na hotelaria sem ser a limpar quartos, ou na restauração sem ser nas cozinhas, ou nas lojas? Sexo vende. Ate para vender um refrigerante, carro ou manteiga "temos" de la ter uma mulher semi-nua. E estamos a melhorar? Bem começamos a ter homens novos musculados em alguns anuncios mas isto nao é ir para melhor é calar a indignação das mulheres com um caramelo. Em vez de levantarmos a barra de etica, nivelamos por baixo. Assim chegamos ao ponto em que nem homem nem mulher apos os 35/39 anos parecem apelativos, capazes ou produtivos. Abundam assim anuncios a pedir pessoal com 20 e poucos anos- alguns anuncios ate dizem especificamente so ate 30 ou so ate 35anos. Contabilizem os anuncios de emprego e vejam quantas vezes empregada/o ou funcionária/o aparecem versus o oposto de o/a- ou seja quantas vezes se escreve preferir uma mulher que um homem para determinado cargo. Cerca de 70% das vezes preferem mulheres. Vejam depois as idades , cerca de 80% indicam ate 35 (90% destes dirão ate 25anos).
O problema aqui somos nos, cidadaos, que desprezamos a condição humana, desprezamos os mais velhos, desprezamos conhecimento e experiencia, valorizamos sensualidade, aparencia fisica, preferimos pessoas com baixos padroes de moral para que nao tenham direito de nos avaliar, nao permitimos mulheres de chegar a liderança ou quando o fazemos não damos a mesma liberdade que damos a homens, entre os homens preferimos contratar quem tem filhos mas entre as mulheres preferimos as solteiras ou não maes e por mais "in" e "cool" que nos queiramos ver não empregamos pessoas com tatuagens, homens de cabelo comprido, mulheres com menos que copa C, pessoas com piercings, homossexuais assumidos (eles e elas e não me refiro aos flamboyant, mesmo os mais discretos mas ainda assim de bem consigo mesmos) são empregaveis para 4 sectores tendenciosamente restauração, hotelaria, moda -roupa e cabelo, e telecomunicações (ya grande lobby, so se tiverem nomes de familia sonantes e ai o lobby nao é gay mas de familias influentes).
Esta é a sociedade que temos, os cidadaos irresponsaveis que somos que preferimos culpar os outros, preferimos ler materia digerida e reinterpretada por outros a ir a procura de fontes e factos talvez por preguiça talvez porque temos medo do que encontraremos e ameio a tal algum grau de "mea culpa".
Se queremos inverter o desemprego, se queremos combater preconceito de genero e outros, temos enquanto individuos nao de votar em quem achamos nos vai salvar/compensar, mas no dia a dia, abrir os olhos. Ver que uma mulher é tao empregavel quanto as suas capacidades e empenho, que uma pessoa- homem ou mulher, deve ser empregue e manter esse trabalho enquanto for produtiva e nao enquanto não tiver rugas ou quando perder acne, quem um homem ou mulher com tatuagens não o impede de ser um trabalhador eficaz e respeitador, que uma mulher homossexual não é melhor nem pior que um homem heterossexual para liderar uma equipa. O que esta mal somos nos, é o termos ainda muitas caixinhas e rotulos mentais e aplica-los ao espelho, em casa, na rua, no trabalho e no café do lado. Querem reverter e tornar a sociedade um pouco mais justa e equalitaria- nem que seja porque vao tb envelhecer e perder essa carinha laroca eventualmente e vao ter filhas e filhos e ver atraves deles a injustiça que voces prolongaram? Comecem hoje, agora e aqui. Ninguem é insubstituivel mas ninguem é invisivel também. Quando os factores de conhecimento adquirido, esforço, estabilidade emocional, empenho mental e eficacia comprovada valerem mais que a idade, genero, firmeza dos seios e musculos e que as validaçoes constantes do ego e sexualidade, estaremos no bom caminho.
Temos 34.4% activos sem emprego ;1/3 dos quais com subsidio de desemprego; ou seja da população activa empregavel os desempregados a receber subsidio compoem 11.46% e os desempregados sem o subsidio são 22.93%.
De onde vem o numero badalado de cerca de 15%" badalado na propaganda? É simples e triste. Não dizem 34 porque soa mal e da a consciencia de que somos muitos, nao se diz 11 porque os desempregados nao teem amiude mt noção de seus numeros mas suspeitam que é mais. 15% é a taxa aproximada de desempregados com subsidio mas dentro da faixa estaria mais relevante para a interpretação e padroes actuais- entre 25 e 45 (idade apos licenciatura e estagio, em que já se estima começa a produzir com eficacia e nao em estagio e até 45 porque apos isso se deduz por analise nao so estatistica mas de interpretação sensivel/opinião versus facto, de que a partir dessa idade uma pessoa ora por familia ou por status na carreira é ingerido ja nao é tao produtivo como os outros). Que insulto para os jovens recem licenciados e outros e que insulto para os de mais de 45.
Mas olhemos para os cargos de chefia alta nas empresas medias a grandes e vemos bastantes neste interregno; vemos cada vez menos pessoas acima dos 45-e quase nunca mulheres, naquilo que a logica dita seria a idade de produtividade se nao com mais quantidade concerteza com mais qualidade, menos riscos, mais valia por experiencia e menor instabilidade/risco emocional.
Publicar que o desemprego esta a 15% é dizer: ha muitos mais, mas so nos interessa pessoas entre 25 e 45anos para as contas de desempregados.
Isto depois reflecte-se em quem é desempregado- o que revela que o problema não são os politicos, é a sociedade, somos cada um de nós que nao tem as prioridades correctas e nao esta a ser analitico e profissional na hora de fazer castings.
No fim de Abril foi publicado no jornal "Publico", http://www.publico.pt/economia/noticia/apoios-a-quem-perdeu-subsidio-de-desemprego-aumentaram-11-num-ano-1633861, escondidinho no texto mais rapidamente se despede um homem que uma mulher (factos , nao opiniões) e que entre as mulheres a taxa de empregabilidade ou manutenção do trabalho começa a diminuir drasticamente a partir dos 35 anos. Basta consultar o site de INE, instituto nacional de estatisticas, ai os numeros estão em bruto e nao reinterpretados- mas é mais facil ler as noticias e interpretaçoes de acordo com os gostos , modas e conveniencias dos outros(?).
Uma outra coisa que é tao deturpada que quase nao se fala é que a partir dos 35 e sem duvida depois dos 39 uma mulher é vista como menos capaz e como tal menos empregavel. Porque é que isto nao se publica e investiga? Porque somos uma sociedade dominada pelo impeto sexual e excessiva e injustamente competitivo- nas areas que menos importam. Vejam a volta, quantas mulheres não magras e com mais de 35 anos trabalham na hotelaria sem ser a limpar quartos, ou na restauração sem ser nas cozinhas, ou nas lojas? Sexo vende. Ate para vender um refrigerante, carro ou manteiga "temos" de la ter uma mulher semi-nua. E estamos a melhorar? Bem começamos a ter homens novos musculados em alguns anuncios mas isto nao é ir para melhor é calar a indignação das mulheres com um caramelo. Em vez de levantarmos a barra de etica, nivelamos por baixo. Assim chegamos ao ponto em que nem homem nem mulher apos os 35/39 anos parecem apelativos, capazes ou produtivos. Abundam assim anuncios a pedir pessoal com 20 e poucos anos- alguns anuncios ate dizem especificamente so ate 30 ou so ate 35anos. Contabilizem os anuncios de emprego e vejam quantas vezes empregada/o ou funcionária/o aparecem versus o oposto de o/a- ou seja quantas vezes se escreve preferir uma mulher que um homem para determinado cargo. Cerca de 70% das vezes preferem mulheres. Vejam depois as idades , cerca de 80% indicam ate 35 (90% destes dirão ate 25anos).
O problema aqui somos nos, cidadaos, que desprezamos a condição humana, desprezamos os mais velhos, desprezamos conhecimento e experiencia, valorizamos sensualidade, aparencia fisica, preferimos pessoas com baixos padroes de moral para que nao tenham direito de nos avaliar, nao permitimos mulheres de chegar a liderança ou quando o fazemos não damos a mesma liberdade que damos a homens, entre os homens preferimos contratar quem tem filhos mas entre as mulheres preferimos as solteiras ou não maes e por mais "in" e "cool" que nos queiramos ver não empregamos pessoas com tatuagens, homens de cabelo comprido, mulheres com menos que copa C, pessoas com piercings, homossexuais assumidos (eles e elas e não me refiro aos flamboyant, mesmo os mais discretos mas ainda assim de bem consigo mesmos) são empregaveis para 4 sectores tendenciosamente restauração, hotelaria, moda -roupa e cabelo, e telecomunicações (ya grande lobby, so se tiverem nomes de familia sonantes e ai o lobby nao é gay mas de familias influentes).
Esta é a sociedade que temos, os cidadaos irresponsaveis que somos que preferimos culpar os outros, preferimos ler materia digerida e reinterpretada por outros a ir a procura de fontes e factos talvez por preguiça talvez porque temos medo do que encontraremos e ameio a tal algum grau de "mea culpa".
Se queremos inverter o desemprego, se queremos combater preconceito de genero e outros, temos enquanto individuos nao de votar em quem achamos nos vai salvar/compensar, mas no dia a dia, abrir os olhos. Ver que uma mulher é tao empregavel quanto as suas capacidades e empenho, que uma pessoa- homem ou mulher, deve ser empregue e manter esse trabalho enquanto for produtiva e nao enquanto não tiver rugas ou quando perder acne, quem um homem ou mulher com tatuagens não o impede de ser um trabalhador eficaz e respeitador, que uma mulher homossexual não é melhor nem pior que um homem heterossexual para liderar uma equipa. O que esta mal somos nos, é o termos ainda muitas caixinhas e rotulos mentais e aplica-los ao espelho, em casa, na rua, no trabalho e no café do lado. Querem reverter e tornar a sociedade um pouco mais justa e equalitaria- nem que seja porque vao tb envelhecer e perder essa carinha laroca eventualmente e vao ter filhas e filhos e ver atraves deles a injustiça que voces prolongaram? Comecem hoje, agora e aqui. Ninguem é insubstituivel mas ninguem é invisivel também. Quando os factores de conhecimento adquirido, esforço, estabilidade emocional, empenho mental e eficacia comprovada valerem mais que a idade, genero, firmeza dos seios e musculos e que as validaçoes constantes do ego e sexualidade, estaremos no bom caminho.