Ha quatro formas básicas do Amor ou afecto profundo: Pathos, Eros, Filia e Agape.
PATHOS
Pathos é muito sucintamente o amor pelos nossos pares com que nos identificamos e a quem auxiliamos e de quem buscamos auxilio, em outras palavras é Amizade.
Pathos, ou Amizade, é mais que uma area de intersecçao de interesses e valores- isso nós temos num clube desportivo, numa igreja, no trabalho. Não é por isso que temos uma amizade com quem aí nos rodeia. É também importante distinguir o ter e o ser amigo. Dentro do ser, distinguir se eu sou amigo, o outro é meu amigo ou somos entre nós amigos.
O "ter" um amigo é um reflexo da necessidade de conquista, de posse e dominio. Pressupoe uma serie de expectativas unidireccionadas de outra pessoa para nós. É o outro que nos ouve, é o outro que "tem" que nos apoiar, nós somos a parte forte, o outro é a parte que vemos como fraca mas ao mesmo tempo como muleta. Não ha dignidade nisto e isto não é Pathos. Ninguem possui ninguem, qualquer pensamento em contrario é uma ilusão- por mais que materializada atraves de comportamentos abusivos de uma relação salvador-vitima.
O "ser" amigo de alguém não é suficiente. É um começo, o melhor possivel pois parte de decisão propria e não de estimulo externo. Novamente é unidireccional; pode revelar uma inconsciente e desproporcionada necessidade de ser de utilidade mesmo que com isso percamos a nossa identidade propria para ser aceites. Podemos ainda assim, ser amigos de quem não escolhe ser nosso amigo. Esta é uma atitude nobre mas só se disso não depender a nossa estima nem se com isso não estamos a inconscientemente satisfazer o ego e uma noção distorcida de compaixão- que na realidade é arrogância mascarada de humildade. Escolher tentar ser amigo, estender o ramo de oliveira por inerência a todas as criaturas é- quando movido por sentimento sincero de conhecer e ajudar, dos mais nobres sentimentos que teremos na vida inteira- um que nos trará, mesmo quando não correspondidos, uma sensação de serenidade e leveza que só quem o sente entende.
Pathos é um sentimento que cresce quanto mais simbiotico for; não pode ser parasitario ou um crescerá em arrogancia e outro em subserviência e ambos perderão noçao de propria real identidade e valor. Pathos, ou a Amizade, é como uma flor, mas não qualquer uma. Amizade é como a flor dum cacto que precisa de pouca água para subsistir mas precisa muito sol, estica-se, aumenta e cresce para captar o maximo, retem o essencial, expele o nocivo e na maior das secas, no calor torrido do dia e na gelida noite, não antes mas só depois de muito escaldão e resfriado desabrocha numa humilde, adoçicada e perene flor.
É abraçar com tanta força como se dá um empurrão ou puxão de orelhas quando precisamos avisar ou ser avisados de que o caminho escolhido não é o mais eficiente para chegar as metas comuns de felicidade- sem com isso cada um deixar de vista a sua individualidade. É reciproca, é isenta de status, não carece recompensa mas dispensa-a sem estimulo, não busca louvor mas fornece motivação, não fica calado a ver o outro cair na escuridão mas também não brilha sozinho que nem holofote, antes poe as maos a volta da chama do amigo para que nao se apague mas que tenha cada um a sua ptropria luz, sem de nada depender, de si mesmo ficando convicto e forte. Como vemos e alimentamos o nosso lado emocional e espiritual, assim vemos e tratamos os que nos rodeiam e temos por "amigos". Um "mau amigo" é apenas alguem que por alguma razão não se ama e receia que se outro olhar para a sua alma não veja mais que o proprio vê em si, indignidade, fragilidade e medo. Antipatia, frieza, inimizade, não diz quase nada sobre o alvo como nos diz sobre a origem. Assim tambem a verdadeira Amizade, vê como quer ser vista, trata como quer ser tratada.
Pathos é muito sucintamente o amor pelos nossos pares com que nos identificamos e a quem auxiliamos e de quem buscamos auxilio, em outras palavras é Amizade.
Pathos, ou Amizade, é mais que uma area de intersecçao de interesses e valores- isso nós temos num clube desportivo, numa igreja, no trabalho. Não é por isso que temos uma amizade com quem aí nos rodeia. É também importante distinguir o ter e o ser amigo. Dentro do ser, distinguir se eu sou amigo, o outro é meu amigo ou somos entre nós amigos.
O "ter" um amigo é um reflexo da necessidade de conquista, de posse e dominio. Pressupoe uma serie de expectativas unidireccionadas de outra pessoa para nós. É o outro que nos ouve, é o outro que "tem" que nos apoiar, nós somos a parte forte, o outro é a parte que vemos como fraca mas ao mesmo tempo como muleta. Não ha dignidade nisto e isto não é Pathos. Ninguem possui ninguem, qualquer pensamento em contrario é uma ilusão- por mais que materializada atraves de comportamentos abusivos de uma relação salvador-vitima.
O "ser" amigo de alguém não é suficiente. É um começo, o melhor possivel pois parte de decisão propria e não de estimulo externo. Novamente é unidireccional; pode revelar uma inconsciente e desproporcionada necessidade de ser de utilidade mesmo que com isso percamos a nossa identidade propria para ser aceites. Podemos ainda assim, ser amigos de quem não escolhe ser nosso amigo. Esta é uma atitude nobre mas só se disso não depender a nossa estima nem se com isso não estamos a inconscientemente satisfazer o ego e uma noção distorcida de compaixão- que na realidade é arrogância mascarada de humildade. Escolher tentar ser amigo, estender o ramo de oliveira por inerência a todas as criaturas é- quando movido por sentimento sincero de conhecer e ajudar, dos mais nobres sentimentos que teremos na vida inteira- um que nos trará, mesmo quando não correspondidos, uma sensação de serenidade e leveza que só quem o sente entende.
Pathos é um sentimento que cresce quanto mais simbiotico for; não pode ser parasitario ou um crescerá em arrogancia e outro em subserviência e ambos perderão noçao de propria real identidade e valor. Pathos, ou a Amizade, é como uma flor, mas não qualquer uma. Amizade é como a flor dum cacto que precisa de pouca água para subsistir mas precisa muito sol, estica-se, aumenta e cresce para captar o maximo, retem o essencial, expele o nocivo e na maior das secas, no calor torrido do dia e na gelida noite, não antes mas só depois de muito escaldão e resfriado desabrocha numa humilde, adoçicada e perene flor.
É abraçar com tanta força como se dá um empurrão ou puxão de orelhas quando precisamos avisar ou ser avisados de que o caminho escolhido não é o mais eficiente para chegar as metas comuns de felicidade- sem com isso cada um deixar de vista a sua individualidade. É reciproca, é isenta de status, não carece recompensa mas dispensa-a sem estimulo, não busca louvor mas fornece motivação, não fica calado a ver o outro cair na escuridão mas também não brilha sozinho que nem holofote, antes poe as maos a volta da chama do amigo para que nao se apague mas que tenha cada um a sua ptropria luz, sem de nada depender, de si mesmo ficando convicto e forte. Como vemos e alimentamos o nosso lado emocional e espiritual, assim vemos e tratamos os que nos rodeiam e temos por "amigos". Um "mau amigo" é apenas alguem que por alguma razão não se ama e receia que se outro olhar para a sua alma não veja mais que o proprio vê em si, indignidade, fragilidade e medo. Antipatia, frieza, inimizade, não diz quase nada sobre o alvo como nos diz sobre a origem. Assim tambem a verdadeira Amizade, vê como quer ser vista, trata como quer ser tratada.
EROS
EROS é a atracção fisica, sensual, intima. É uma parte que ainda que não essencial ao intelecto, tem uma parte importante nas emoções de todos nós. Eros é também o amor proprio pelo corpo que temos, aceitar as nossas paixões, instintos, corpo, as atracçoes fisicas que despertam em nós a libido e com isso uma torrente de hormonas. Eros é a quimica que nos impele a reproduzir, a usar o corpo em actos intimos de demonstração de afecto e de comunicação de sensações muito mais profundas do que as palavras conseguem exprimir. Porque falamos de hormonas, há que entender que tem - como em tudo, de haver um equilibrio saudavel. Um individuo faz bem em explorar- a si mesmo, a sexualidade, a sexualidade partilhada, mas sem cair no erro comum de ver nisso a unica ou mais segura forma de demonstração de afectos. A sensualidade não é incorrecta ou má, é a relevância que lhe damos que pode revelar ou causar disturbios emocionais. Quem castra a propria sensualidade, quem entra em negaçao a uma parte tão intrinseca da sua natureza fisica, corre serios riscos de baralhar todo o sistema hormonal e com ele o lado emocional. A rejeiçao de si mesmo, o nojo pelo corpo- seu ou dos outros, o pudor excessivo, podem derivar duma noção de imerecimento, de impeto submisso, de medo de fracassar em agradar. Pode também revelar falta de conforto em se entregar porque entregar o corpo é expor a alma ou psike- para uns mais que para outros.
Ha tambem o risco oposto, o de banalizar. Podemos encontrar na sensualidade uma facil moeda de troca de afectos que na realidade é apenas uma rapida e não comprometedora maneira de sentir que somos aceites sem nos termos exposto emocionalmente.
Reparem, não sou nenhum pudico virgem. Sensualidade e sexo são parte duma vida saudavel, não digo que se faça mais ou menos, apenas acho que não é saudavel nem deixar de fazer só por medos ou vergonhas nem o fazer como se fosse uma maneira rapida, segura e inconsequente de buscar validação (seja de alguem em particular ou de um grupo), auto-estima ou como se acreditassemos que alegria momentanea é igual a felicidade. Adrenalina e Serotonina fazem bem, mas não em picos abruptos do nada para o tudo porque a queda é rapida, dura e nesse estado de desequilibrio raramente temos o bom senso de nos rodear de quem nos pode validar e apoiar verdadeiramente.
Seja a viver celibato, a "fazer amor", a ter um encontro fortuito, a auto-exploração, que seja feito sem pressoes- de negação ou de exagero, que seja porque se quer verdadeiramente, estando emocionalmente estavel e bem consigo mesmo. Assim, garanto, será uma experiência- mesmo o celibato, infinitamente mais recompensadora. Porquê? Porque o fizemos não porque um sacerdote, amigo, momento de duvida sobre nosso valor proprio ou imagem, ou companheira/o nos impeliu, mas porque tivemos determinação propria, segurança e conforto por e em nos mesmos, respeitando sentimentos, liberdades e esperanças próprias e dos outros.
FILIA
Filiae seria o amor fraterno, filial, os laços de sangue. Se por um lado se diz que o sangue é mais espesso que a água, também se diz que não escolhemos a familia que temos. Coloquemos de lado o impacto social que tem a desagregação crescente da familia em suas varias facetas e "apresentações" e pondo de parte a possibiildade de pre-destinação ou karma.
Facto é que, escolhendo ou não, temos laços de sangue. Concordo plenamente em principios basicos de respeito e deferência. Por outro lado não concordo em subserviencia ou dominância. Ninguém tem um curso para ser pai ou mãe; é uma tarefa herculea e ninguem pode preparar outro para isso porque é algo tão profundo, pessoal e intimo que não sabemos ate o fazermos e aprendemos fazendo. Isto demora aos filhos a entender, ate que sejam pais ou que emocionalmente cresçam o suficiente em empatia para se por no lugar dos seus parentes.
Dito isto, não ha desculpa possivel para alguem abusar duma posição geneticamente hierarquica para fazer experiencias emocionais, para fazer jogos de poder, para fazer uma catarse em cima de seus filhos ou de tentar molda-los de forma a que vivam o sonho de seus pais e não os seus proprios. Pais e filhos são, apesar do sangue que os une, pessoas diferentes. Parte duma estrutura social sim, mas não a mesma carne e espirito. Moldar os filhos, castra-los de capacidade de livre arbitrio, proteger de tudo, impor neles o futuro que quisemos para nos mesmos, é uma luta vã, inglória e injusta. O melhor que podemos fazer enquanto pais e filhos e honrar a individualidade de cada um, imitar o que de melhor o outro tem (e tanto os filhos ensinam aos pais), ensinar as consequencias das escolhas sem as mesmas condicionar tanto que se tornem uma tentaçao tão irresistivel como o fogo para a traça e apoiar, pais aos filhos e filhos aos pais, em todas as ambições, actos e palavras justas.
O modo como vemos a nos mesmos vai passar para nossos filhos e passa destes para os pais. Um pai abusador tem uma tremenda possibilidade de gerar um filho que oscilara entre a fragilidade (que seu pai escondia numa mascara de força tirana) e uma mimica dessa força virtual, mas fragil por dentro. Uma mãe ou pai que vinca as expectativas de genero abusivamente nos seus filhos (azul para rapaz, rosa rapariga, rapazes brincam na rua e raparigas em casa com a mae, rapazes teem de valorizar o fisico e competitividade e as meninas teem de aprimorar o lado emocional e intelectual), vai propiciar filhos que não sabem o que esperar ou procurar numa companheira ou que por outro lado procurem uma substituta da mãe, semelhante coisa as filhas em relação a estranheza que terao para entender a contraparte masculina e a por defeito ou se sentirem inadequadas ou buscarem mimicos de seu pai.
EROS é a atracção fisica, sensual, intima. É uma parte que ainda que não essencial ao intelecto, tem uma parte importante nas emoções de todos nós. Eros é também o amor proprio pelo corpo que temos, aceitar as nossas paixões, instintos, corpo, as atracçoes fisicas que despertam em nós a libido e com isso uma torrente de hormonas. Eros é a quimica que nos impele a reproduzir, a usar o corpo em actos intimos de demonstração de afecto e de comunicação de sensações muito mais profundas do que as palavras conseguem exprimir. Porque falamos de hormonas, há que entender que tem - como em tudo, de haver um equilibrio saudavel. Um individuo faz bem em explorar- a si mesmo, a sexualidade, a sexualidade partilhada, mas sem cair no erro comum de ver nisso a unica ou mais segura forma de demonstração de afectos. A sensualidade não é incorrecta ou má, é a relevância que lhe damos que pode revelar ou causar disturbios emocionais. Quem castra a propria sensualidade, quem entra em negaçao a uma parte tão intrinseca da sua natureza fisica, corre serios riscos de baralhar todo o sistema hormonal e com ele o lado emocional. A rejeiçao de si mesmo, o nojo pelo corpo- seu ou dos outros, o pudor excessivo, podem derivar duma noção de imerecimento, de impeto submisso, de medo de fracassar em agradar. Pode também revelar falta de conforto em se entregar porque entregar o corpo é expor a alma ou psike- para uns mais que para outros.
Ha tambem o risco oposto, o de banalizar. Podemos encontrar na sensualidade uma facil moeda de troca de afectos que na realidade é apenas uma rapida e não comprometedora maneira de sentir que somos aceites sem nos termos exposto emocionalmente.
Reparem, não sou nenhum pudico virgem. Sensualidade e sexo são parte duma vida saudavel, não digo que se faça mais ou menos, apenas acho que não é saudavel nem deixar de fazer só por medos ou vergonhas nem o fazer como se fosse uma maneira rapida, segura e inconsequente de buscar validação (seja de alguem em particular ou de um grupo), auto-estima ou como se acreditassemos que alegria momentanea é igual a felicidade. Adrenalina e Serotonina fazem bem, mas não em picos abruptos do nada para o tudo porque a queda é rapida, dura e nesse estado de desequilibrio raramente temos o bom senso de nos rodear de quem nos pode validar e apoiar verdadeiramente.
Seja a viver celibato, a "fazer amor", a ter um encontro fortuito, a auto-exploração, que seja feito sem pressoes- de negação ou de exagero, que seja porque se quer verdadeiramente, estando emocionalmente estavel e bem consigo mesmo. Assim, garanto, será uma experiência- mesmo o celibato, infinitamente mais recompensadora. Porquê? Porque o fizemos não porque um sacerdote, amigo, momento de duvida sobre nosso valor proprio ou imagem, ou companheira/o nos impeliu, mas porque tivemos determinação propria, segurança e conforto por e em nos mesmos, respeitando sentimentos, liberdades e esperanças próprias e dos outros.
FILIA
Filiae seria o amor fraterno, filial, os laços de sangue. Se por um lado se diz que o sangue é mais espesso que a água, também se diz que não escolhemos a familia que temos. Coloquemos de lado o impacto social que tem a desagregação crescente da familia em suas varias facetas e "apresentações" e pondo de parte a possibiildade de pre-destinação ou karma.
Facto é que, escolhendo ou não, temos laços de sangue. Concordo plenamente em principios basicos de respeito e deferência. Por outro lado não concordo em subserviencia ou dominância. Ninguém tem um curso para ser pai ou mãe; é uma tarefa herculea e ninguem pode preparar outro para isso porque é algo tão profundo, pessoal e intimo que não sabemos ate o fazermos e aprendemos fazendo. Isto demora aos filhos a entender, ate que sejam pais ou que emocionalmente cresçam o suficiente em empatia para se por no lugar dos seus parentes.
Dito isto, não ha desculpa possivel para alguem abusar duma posição geneticamente hierarquica para fazer experiencias emocionais, para fazer jogos de poder, para fazer uma catarse em cima de seus filhos ou de tentar molda-los de forma a que vivam o sonho de seus pais e não os seus proprios. Pais e filhos são, apesar do sangue que os une, pessoas diferentes. Parte duma estrutura social sim, mas não a mesma carne e espirito. Moldar os filhos, castra-los de capacidade de livre arbitrio, proteger de tudo, impor neles o futuro que quisemos para nos mesmos, é uma luta vã, inglória e injusta. O melhor que podemos fazer enquanto pais e filhos e honrar a individualidade de cada um, imitar o que de melhor o outro tem (e tanto os filhos ensinam aos pais), ensinar as consequencias das escolhas sem as mesmas condicionar tanto que se tornem uma tentaçao tão irresistivel como o fogo para a traça e apoiar, pais aos filhos e filhos aos pais, em todas as ambições, actos e palavras justas.
O modo como vemos a nos mesmos vai passar para nossos filhos e passa destes para os pais. Um pai abusador tem uma tremenda possibilidade de gerar um filho que oscilara entre a fragilidade (que seu pai escondia numa mascara de força tirana) e uma mimica dessa força virtual, mas fragil por dentro. Uma mãe ou pai que vinca as expectativas de genero abusivamente nos seus filhos (azul para rapaz, rosa rapariga, rapazes brincam na rua e raparigas em casa com a mae, rapazes teem de valorizar o fisico e competitividade e as meninas teem de aprimorar o lado emocional e intelectual), vai propiciar filhos que não sabem o que esperar ou procurar numa companheira ou que por outro lado procurem uma substituta da mãe, semelhante coisa as filhas em relação a estranheza que terao para entender a contraparte masculina e a por defeito ou se sentirem inadequadas ou buscarem mimicos de seu pai.
É complicado o amor de familia; por um lado a vontade legitima de viver a propria vida por proprios parametros e por outro a sensação de dever e de deferencia. Como em tudo, tem de haver um meio termo. Amar e respeitar, entendendo que os nossos pais ja foram filhos, que eles também ainda estao a aprender e que mesmo que nao admitam teem tanto medo de falhar como pais como os filhos teem medo de falhar às expectativas dos seus progenitores.
Por ultimo, acredito que por inerência devemos todo esforço possivel para apoiar, respeitar, amar e o demonstrar em palavras e actos- mas tambem devemos ter auto-estima para saber nos afastar (sem discussão, sem lutas, sem rancores mas com entendimento que uma alma irada é uma alma mal amada) e salvaguardar a nossa individualidade, integridade emocional e independencia intelectual .
Se por um lado somos um sangue, nao somos uma carne. Da mesma forma somos uma familia, não colegas de casa ou uma coincidência genética que consegue viver independente sem afectar um ao outro.
Aceitação, Compromisso, Perdão, Auto-Estima, Comunicação e Sabedoria. "Filho és, Pai serás..."
AGAPE
Agape é para mim o mais complicado de por em palavras. É adoração, o fascinio, o amor interior por uma entidade, um principio, uma causa, o amor de entrega incondicional e completo. Pode ser o amor pela pátria, pela causa ideológica, por Deus, pelo principio irredutivel de liberdade, etc.
Como a amizade, a verdadeira Agape não se move por intuito de auto valorização, não pode se tornar nem num exercicio de masoquismo- quando adotamos crenças de outrem contra sentimentos proprios e vivemos com o coração dividido, nem como arrogancia ou fanatismo, como se a nossa devoção nos colocasse num pedestal.
No plano religioso, em que todos concordam que todos os humanos são subordinados a um poder maior, é ironico que tantas manifestações de suposta adoração tomem contornos narcisistas, satisfazendo seus proprios interesses, sejam materiais ou emocionais. A noção que alguns teem de sua superioridade por viver determinada crença é um contrasenso e vai contra o que os proprios acreditam. Todos os livros sagrados de todas as religiões falam de que a Deus somente cabe julgar o coração das pessoas, mas demasiado frequentemente os imbuidos por sentimentos de suposta Agape ou devoção religiosa (e também por exemplo militar ou politica) valorizam excessivamente a si mesmos, reinterpretam as crenças incutidas, adequam factos a dogmas e não ao contrario e criam uma escala hierarquica imaginaria onde a posiçao é determinada não pelas escolhas e merito de cada um mas pelo seu juizo acerca da devoçao ou ausencia da mesma dos que o rodeiam.
Agape é a identificação com um principio, é fazer as contas da vida e tirar a conclusão por si (porque a devoção genuina, a Deus ou uma causa é algo intimo e visceral), olhar, pensar, ruminar, ruminar outra vez, por em causa as coisas e acima de tudo as suas proprias convicçoes e depois olhar e sentir, "é isto!".É identificar-se com um principio sem nos ser imposto ou negado, não porque esta na moda ou porque é subversivo e alegadamente ser subversivo também é estar na moda mas apenas dum rebanho diferente. É sentir que somos parte de algo maior que a soma das partes, que podemos e queremos ser um contributo para o avanço de determinada causa. A Agape no seu melhor é o que impele o ser humano a estudar ciência na perpetua busca da razao das coisas, é o que obriga o filosofo a nunca achar que ja pode descansar, o que impele um militar a não envergonhar a sua patria com arrogancia ou autoritarismo nem com obediencia cega que em nada dignifica a causa e que pode levar à ruina dos que teem o mesmo direito de amar outra patria, é o que impele um policia a dia apos dia apesar de todos os reves, de corrupçao e de perigo a sua vida tentar proteger os inocentes, é o que impele o crente a amar a Deus e a ver a Sua face em todas as criaturas e não conseguir conceber uma forma de adoração que contrarie o respeito pela integridade e bem estar eterno seja emocional, intelectual ou espiritual de si mesmo e de toda a Criação.
Por ultimo, acredito que por inerência devemos todo esforço possivel para apoiar, respeitar, amar e o demonstrar em palavras e actos- mas tambem devemos ter auto-estima para saber nos afastar (sem discussão, sem lutas, sem rancores mas com entendimento que uma alma irada é uma alma mal amada) e salvaguardar a nossa individualidade, integridade emocional e independencia intelectual .
Se por um lado somos um sangue, nao somos uma carne. Da mesma forma somos uma familia, não colegas de casa ou uma coincidência genética que consegue viver independente sem afectar um ao outro.
Aceitação, Compromisso, Perdão, Auto-Estima, Comunicação e Sabedoria. "Filho és, Pai serás..."
AGAPE
Agape é para mim o mais complicado de por em palavras. É adoração, o fascinio, o amor interior por uma entidade, um principio, uma causa, o amor de entrega incondicional e completo. Pode ser o amor pela pátria, pela causa ideológica, por Deus, pelo principio irredutivel de liberdade, etc.
Como a amizade, a verdadeira Agape não se move por intuito de auto valorização, não pode se tornar nem num exercicio de masoquismo- quando adotamos crenças de outrem contra sentimentos proprios e vivemos com o coração dividido, nem como arrogancia ou fanatismo, como se a nossa devoção nos colocasse num pedestal.
No plano religioso, em que todos concordam que todos os humanos são subordinados a um poder maior, é ironico que tantas manifestações de suposta adoração tomem contornos narcisistas, satisfazendo seus proprios interesses, sejam materiais ou emocionais. A noção que alguns teem de sua superioridade por viver determinada crença é um contrasenso e vai contra o que os proprios acreditam. Todos os livros sagrados de todas as religiões falam de que a Deus somente cabe julgar o coração das pessoas, mas demasiado frequentemente os imbuidos por sentimentos de suposta Agape ou devoção religiosa (e também por exemplo militar ou politica) valorizam excessivamente a si mesmos, reinterpretam as crenças incutidas, adequam factos a dogmas e não ao contrario e criam uma escala hierarquica imaginaria onde a posiçao é determinada não pelas escolhas e merito de cada um mas pelo seu juizo acerca da devoçao ou ausencia da mesma dos que o rodeiam.
Agape é a identificação com um principio, é fazer as contas da vida e tirar a conclusão por si (porque a devoção genuina, a Deus ou uma causa é algo intimo e visceral), olhar, pensar, ruminar, ruminar outra vez, por em causa as coisas e acima de tudo as suas proprias convicçoes e depois olhar e sentir, "é isto!".É identificar-se com um principio sem nos ser imposto ou negado, não porque esta na moda ou porque é subversivo e alegadamente ser subversivo também é estar na moda mas apenas dum rebanho diferente. É sentir que somos parte de algo maior que a soma das partes, que podemos e queremos ser um contributo para o avanço de determinada causa. A Agape no seu melhor é o que impele o ser humano a estudar ciência na perpetua busca da razao das coisas, é o que obriga o filosofo a nunca achar que ja pode descansar, o que impele um militar a não envergonhar a sua patria com arrogancia ou autoritarismo nem com obediencia cega que em nada dignifica a causa e que pode levar à ruina dos que teem o mesmo direito de amar outra patria, é o que impele um policia a dia apos dia apesar de todos os reves, de corrupçao e de perigo a sua vida tentar proteger os inocentes, é o que impele o crente a amar a Deus e a ver a Sua face em todas as criaturas e não conseguir conceber uma forma de adoração que contrarie o respeito pela integridade e bem estar eterno seja emocional, intelectual ou espiritual de si mesmo e de toda a Criação.
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