Numa sociedade elaborada existem varios factores a considerar ao analisar o ser humano em si. Não estamos sós, ninguém o está verdadeiramente. Não em refiro á componente espiritual mas aos laços de intervivência, influencia mutua e interdependencia.
Desde que nascemos somos programados de acordo com os parametros da sociedade em que estamos inseridos, da religião dominante, da politica em vigor, que em conjunto influenciam a maneira como os pais veem a si mesmos, como veem um ao outro, como veem os seus laços familiares e como os estabelecem, os detalhes de tal "contrato" de união,o trabalho que podem ou não ter e as contas que podem pagar e o que consideram -mais com base no dinheiro que nos sonhos individuais, o que é prioridade e o que é um luxo ou superfluo e por extremo o que é descartavel, postura e riqueza dos progenitores e por sequencia inevitavel a sua postura na vida e na criação de expectativas proprias (como resultado interpretativo do que absorvem do seu quotidiano e passadas a sua prole).
Estas expectativas passadas ao bebe marcam de pronto o mesmo assim que teem percepçao de si mesmo e de seu contexto- o que alcança em poucos meses. Passado pouco tempo chega a imposição de valores de genero, de interpretação parental do que é uma infância (se uma fase bela, incomoda, apenas mais uma tarefa como o trabalho, uma fase antes de por o filho ou filha a trabalhar e contribuir para o bem comum da unidade familiar, etc), a percepção ou não de que o recem nascido tem in-hilo um caracter proprio e uma predisposição.
Passado pouco tempo, atraves da interacção interparental que é - mesmo que não o notemos, atentamente testemunhada e interpretada como natural e modelo pelos olhos da criança, de palavras ditas, dos habitos culturais e sociais e a forma como os pais interagem com outros e permitem ou nao ao filho/a interagir com outros, dos nomes que se dão aos filhos, das creches em que os colocamos, a roupa que lhes é colocada -assim novamente vincando a expectativa de genero (pela forma, textura, toque e cor da roupa) moldamos e impomos um modelo mais uma vez e mais profundamente de forma repetitiva.
Desde que nascemos somos programados de acordo com os parametros da sociedade em que estamos inseridos, da religião dominante, da politica em vigor, que em conjunto influenciam a maneira como os pais veem a si mesmos, como veem um ao outro, como veem os seus laços familiares e como os estabelecem, os detalhes de tal "contrato" de união,o trabalho que podem ou não ter e as contas que podem pagar e o que consideram -mais com base no dinheiro que nos sonhos individuais, o que é prioridade e o que é um luxo ou superfluo e por extremo o que é descartavel, postura e riqueza dos progenitores e por sequencia inevitavel a sua postura na vida e na criação de expectativas proprias (como resultado interpretativo do que absorvem do seu quotidiano e passadas a sua prole).
Estas expectativas passadas ao bebe marcam de pronto o mesmo assim que teem percepçao de si mesmo e de seu contexto- o que alcança em poucos meses. Passado pouco tempo chega a imposição de valores de genero, de interpretação parental do que é uma infância (se uma fase bela, incomoda, apenas mais uma tarefa como o trabalho, uma fase antes de por o filho ou filha a trabalhar e contribuir para o bem comum da unidade familiar, etc), a percepção ou não de que o recem nascido tem in-hilo um caracter proprio e uma predisposição.
Passado pouco tempo, atraves da interacção interparental que é - mesmo que não o notemos, atentamente testemunhada e interpretada como natural e modelo pelos olhos da criança, de palavras ditas, dos habitos culturais e sociais e a forma como os pais interagem com outros e permitem ou nao ao filho/a interagir com outros, dos nomes que se dão aos filhos, das creches em que os colocamos, a roupa que lhes é colocada -assim novamente vincando a expectativa de genero (pela forma, textura, toque e cor da roupa) moldamos e impomos um modelo mais uma vez e mais profundamente de forma repetitiva.
No aflorar da infancia, quando começam a conviver mais com outras crianças, a forma como vão lidar com os outros, com os medos e sonhso proprios, com os medos e ambiçoes dos outros, tem mais a ver com o que os pais lhe passaram que tudo o mais. Passado pouco tempo isto tende a mudar, porque conseguimos comunicar mais rapida e eficientemente com quem de nossa faixa etaria e porque é mais facil sentir e obter empatia por estes, começamos a querer ser aceites por uns e a querer nos afastar de outros. Principalmente por nos identificarmos mais ou menos com determinada pessoa por causa de seu comportamento exterior. Seja porque nos sentimos frageis e buscamos quem é forte ou porque nos sentimos frageis mas culpados ao mesmo tempo e por isso mostramos uma força que nao temos- o inico das mascaras sociais que usaremos a vida toda, demonstrando força sobre outros como ilusao de que somos mestres de nossos medos. Entre os extremos do pendulo emocional vamos continuar mais uns anos e ainda assim repetidamente sujeitos aos estereotipos e modelos parentais e nesta fase a curiosidade acerca dos outros e dos pais dos outros e do pensar e sentir dos outros. Hoje em dia esta fase é bombardeada com estimulos multisensoriais uma vez que as crianças na maioria das sociedades ocidentais - e um numero crescente nas economias emergentes orientais, são expostas a televisão e internet.
Entramos na puberdade com esta engrenagem de influencias de varios lados agora aliados a uma revolução hormonal interna e por consequencia inevitavel e incontrolavel, uma revolução emocional. O desfecho da qual depende mais da importância e da interpretação que cada um faz do seu contexto socio-cultural (familia, amigos, colegas, internet, etc- todas as fontes de interacçao sao potenciais fontes ou espelhos de expectativas) e de expectativas percepcionadas (reais ou não) dos outros sobre ele/ela. Tem muito pouco a ver com a realidade em si, uma vez que ninguem é exposto a todas as formas de vivencia e entendendo que se cada factor isolado da sociedade (por exemplo habitos alimentares populares) é por si alvo de varias possiveis interpretações, quanto mais factores mais interpretaçoes, não so directas mas cruzadas.
Tudo isto traduz-se em que o que nós somos aqui e agora ao ler isto, deve muito pouco a realidade. O nosso caracter, com os seus sonhos, receios, convicções, percepção de limites fisicos e emocionais, a nossa faceta mais benevola e o canto mais obscuro da nossa alma- é rastreavel na genealogia de nossas escolhas . Escolhas que tendemos a fazer na vasta maioria com base interpretativa e não realista; o instinto de sobrevivencia afecta as escolhas de uns mais que de outros. Quanto menos empaticas, sociaveis ou impulsivamente compassivas as pessoas mais podemos saber que as escolhas pivot da sua vida foram ditadas por sobrevivência (necessaria ou imaginada), derivada duma interpretação de perigo que sentiram (mais uma vez, real ou não) na infancia e na puberdade. Por outro lado temos no extremo outros comportamentos não saudaveis- exactamente por serem extremos. Falo dos submissos, dos que não so querem amar desmesurada e inconsequentemente (mesmo para seu detrimento) como sentem um imerecimento , uma noção baixa de seu valor e uma expectativa irrealista dos outros, da vida e das relações e afectos , não vendo eficiencia e reciprocidade como factor no sucesso geral duma vida mas mais sacrificio, sofrimento e comiseração (exactamente como o seu oposto que interpretou o mesmo da vida mas neste caso sem que o instinto de sobrevivência se tenha manifestado mais forte).
Ou seja, a sociedade que temos ha varias decadas cria como uma fabrica de montagem gerações de pessoas que não são livres, não pensam nem sentem por si, não teem espaço para se descobrir, são compelidas a contribuir para a maquina de montagem seja atraves de reprodução fisica ou de pelo menos perpetuação de esterotipos; crescemos enquanto individuos e por sequencia sociedade, com noções erroneas do que é o nosso limite, inculcados de que os sonhos são paras dobrar a realidade percebida (sendo que nao a percebemos), é incutida ilusão de necessidade constante de bens, de mudança constante e de posse (o que interpretamos como modulo social e trazemos para nossas relaçoes afectivas e de volta para a progenie e tudo começa outra vez).
Achamos adoravel uma menina querer ser bailarina aos 6 anos mas achamos que porque pode não ganhar muito dinheiro (a que a criança ainda nao da o valor exagerado irreal que os adultos dão) ou porque pode ter uma vida emocional menos segura (o que é um moralismo imposto), lenta mas seguramente - e maioritariamente de forma inconsciente, vamos desencorajando tal, dando relevancia a outras carreiras que deem a filha acesso a dinheiro, bens materiais, status social. Se parassemos para pensar, punhamos a miuda numa escola de dança ou davamos um dvd dum concerto de ballet ou "whatever". Mas porque fomos obrigados e programados a ver a vida com bens, posse, status, porque estamos em modo de sobrevivência, tendemos a passar isso a filha. Ao passar esses valores que não incluem nem propiciam real felicidade, nao são lógicos, não enriquecem o individuo nem a sociedade- indirectamente fazemos com que esta miuda chegue aos 14/16 anos e ela propria ache ridiculo querer ser bailarina e vai ver quem o quer ser como alguem mais fraco, distanciado da "realidade" e menos provavel de ser feliz ou serio contributor para o bem estar geral.
Por mais que tal nos seja passado pelos pais, pela tv, pelos pares na escola, pelos dogmas ocos e materialistas impostos por chefes que acham que sao lideres (seja no trabalho, na igreja, clube, etc) de forma irreal e nao lógica , por mais que seja de facto importante cumprir papeis inalienaveis na sociedade, pagar contas e cumprir algumas das expectativas sociais, da proxima vez que um filho ou filha diga que quer ser bailarino, carpinteira, pintor, arqueologa, deixem-nos sonhar. Estimulemos e vivamos com responsabilidade, mas nao temos de ceder ao coma induzido de expectativas e sonhos emudecidos.
Somos mais influenciaveis que gostariamos de admitir mas não temos de ser 100% permeaveis- nem estanques. É tão ilogico e pouco capaz de felicidade o que mimica os seus pares como o que os antagoniza e expulsa com nojo ou altivez.
Com todas as obrigaçoes, medos, solidão, contas por pagar e "heranças" na nossa bagagem, a dado ponto temos de pousar a mochila, pesar o que temos, avaliar a quantidade certa de cepticismo e materiailsmo minimo necessario para ter os pes no chao. Depois, eu creio, devemos levantar e buscar os sonhos de infancia e os adquiridos mas que engavetamos nas prateleiras da impossibilidade.
Um ser sem um sonho no horizonte, sem metas ambiciosas, paixões, é de tão pouca felicidade e utilidade como o que nestes exagera e vive em constante masturbação do ego. Em tudo, meio termo; nesse espaço, nesse silencio- apos (não sem nem apesar, mas com o contexto e pares), arranjar um espaço proprio , uma voz propria, uma individualidade que ainda que não indespensavel nos torna unicos e por inerencia- quer outros vejam ou não, mais realizados, mais eficientes, mais impetuosos e mais propensos a ser e tornar outros, felizes.
Sendo agora mais practico. Posso não conseguir agora aos 36 anos ser um arqueólogo (a primeira profissão de que me lembro ter querido em criança) ou um professor de filosofia como a dado ponto quis, mas isso não implica castrar toda a paixão por essas areas. Posso estudar, se não académicamente por alguma razão- seja temporal, monetaria ou ambas, posso ler, posso partilhar o que penso, ouvir atentamente e ruminar no que se passa a cada dia a minha volta, posso desligar um pouco da correria casa-trabalho e parar so para pensar. Também quis a dado ponto ser veterinário, é mais complicado neste momento, mas não me impediu de estudar livros, ser voluntário na União Zoofila, candidatar-me e conseguir trabalhar 1 ano e meio como assistente de veterinaria, adotar um cão e estar sempre a continuar a aprender com livros, medicos, com outros "donos" e com a Judy e os seus amigos de 4 patas.
A nivel emocional, posso não entender algumas escolhas das pessoas, podem me magoar,posso sentir invisibilidade na ausencia de utilidade directa, mas posso tentar entende-las, fazer-me entender. Posso não cair na espiral de imediatismo e consumismo seja nos trabalhos, familia, intimidade; que tende a nao dar nenhuma satisfaçao concreta a medio ou longo prazo. Posso atrever-me a sonhar- mesmo que com algum cepticismo que tento não pese demais nas minhas escolhas, em encontrar alguém com quem tenha um companheirismo real, que seja fisica, mental, emocional e espiritualmente enriquecedor para ambos.
Posso encontrar um lugar para a minha voz, para os meus sonhos, para a minha busca por conhecimento e por entendimento dos humanos e de Deus, para a minha capacidade e vontade de amar e ser amado. Posso tudo isto se e só se for capaz de ouvir a minha propria voz.
Entramos na puberdade com esta engrenagem de influencias de varios lados agora aliados a uma revolução hormonal interna e por consequencia inevitavel e incontrolavel, uma revolução emocional. O desfecho da qual depende mais da importância e da interpretação que cada um faz do seu contexto socio-cultural (familia, amigos, colegas, internet, etc- todas as fontes de interacçao sao potenciais fontes ou espelhos de expectativas) e de expectativas percepcionadas (reais ou não) dos outros sobre ele/ela. Tem muito pouco a ver com a realidade em si, uma vez que ninguem é exposto a todas as formas de vivencia e entendendo que se cada factor isolado da sociedade (por exemplo habitos alimentares populares) é por si alvo de varias possiveis interpretações, quanto mais factores mais interpretaçoes, não so directas mas cruzadas.
Tudo isto traduz-se em que o que nós somos aqui e agora ao ler isto, deve muito pouco a realidade. O nosso caracter, com os seus sonhos, receios, convicções, percepção de limites fisicos e emocionais, a nossa faceta mais benevola e o canto mais obscuro da nossa alma- é rastreavel na genealogia de nossas escolhas . Escolhas que tendemos a fazer na vasta maioria com base interpretativa e não realista; o instinto de sobrevivencia afecta as escolhas de uns mais que de outros. Quanto menos empaticas, sociaveis ou impulsivamente compassivas as pessoas mais podemos saber que as escolhas pivot da sua vida foram ditadas por sobrevivência (necessaria ou imaginada), derivada duma interpretação de perigo que sentiram (mais uma vez, real ou não) na infancia e na puberdade. Por outro lado temos no extremo outros comportamentos não saudaveis- exactamente por serem extremos. Falo dos submissos, dos que não so querem amar desmesurada e inconsequentemente (mesmo para seu detrimento) como sentem um imerecimento , uma noção baixa de seu valor e uma expectativa irrealista dos outros, da vida e das relações e afectos , não vendo eficiencia e reciprocidade como factor no sucesso geral duma vida mas mais sacrificio, sofrimento e comiseração (exactamente como o seu oposto que interpretou o mesmo da vida mas neste caso sem que o instinto de sobrevivência se tenha manifestado mais forte).
Ou seja, a sociedade que temos ha varias decadas cria como uma fabrica de montagem gerações de pessoas que não são livres, não pensam nem sentem por si, não teem espaço para se descobrir, são compelidas a contribuir para a maquina de montagem seja atraves de reprodução fisica ou de pelo menos perpetuação de esterotipos; crescemos enquanto individuos e por sequencia sociedade, com noções erroneas do que é o nosso limite, inculcados de que os sonhos são paras dobrar a realidade percebida (sendo que nao a percebemos), é incutida ilusão de necessidade constante de bens, de mudança constante e de posse (o que interpretamos como modulo social e trazemos para nossas relaçoes afectivas e de volta para a progenie e tudo começa outra vez).
Achamos adoravel uma menina querer ser bailarina aos 6 anos mas achamos que porque pode não ganhar muito dinheiro (a que a criança ainda nao da o valor exagerado irreal que os adultos dão) ou porque pode ter uma vida emocional menos segura (o que é um moralismo imposto), lenta mas seguramente - e maioritariamente de forma inconsciente, vamos desencorajando tal, dando relevancia a outras carreiras que deem a filha acesso a dinheiro, bens materiais, status social. Se parassemos para pensar, punhamos a miuda numa escola de dança ou davamos um dvd dum concerto de ballet ou "whatever". Mas porque fomos obrigados e programados a ver a vida com bens, posse, status, porque estamos em modo de sobrevivência, tendemos a passar isso a filha. Ao passar esses valores que não incluem nem propiciam real felicidade, nao são lógicos, não enriquecem o individuo nem a sociedade- indirectamente fazemos com que esta miuda chegue aos 14/16 anos e ela propria ache ridiculo querer ser bailarina e vai ver quem o quer ser como alguem mais fraco, distanciado da "realidade" e menos provavel de ser feliz ou serio contributor para o bem estar geral.
Por mais que tal nos seja passado pelos pais, pela tv, pelos pares na escola, pelos dogmas ocos e materialistas impostos por chefes que acham que sao lideres (seja no trabalho, na igreja, clube, etc) de forma irreal e nao lógica , por mais que seja de facto importante cumprir papeis inalienaveis na sociedade, pagar contas e cumprir algumas das expectativas sociais, da proxima vez que um filho ou filha diga que quer ser bailarino, carpinteira, pintor, arqueologa, deixem-nos sonhar. Estimulemos e vivamos com responsabilidade, mas nao temos de ceder ao coma induzido de expectativas e sonhos emudecidos.
Somos mais influenciaveis que gostariamos de admitir mas não temos de ser 100% permeaveis- nem estanques. É tão ilogico e pouco capaz de felicidade o que mimica os seus pares como o que os antagoniza e expulsa com nojo ou altivez.
Com todas as obrigaçoes, medos, solidão, contas por pagar e "heranças" na nossa bagagem, a dado ponto temos de pousar a mochila, pesar o que temos, avaliar a quantidade certa de cepticismo e materiailsmo minimo necessario para ter os pes no chao. Depois, eu creio, devemos levantar e buscar os sonhos de infancia e os adquiridos mas que engavetamos nas prateleiras da impossibilidade.
Um ser sem um sonho no horizonte, sem metas ambiciosas, paixões, é de tão pouca felicidade e utilidade como o que nestes exagera e vive em constante masturbação do ego. Em tudo, meio termo; nesse espaço, nesse silencio- apos (não sem nem apesar, mas com o contexto e pares), arranjar um espaço proprio , uma voz propria, uma individualidade que ainda que não indespensavel nos torna unicos e por inerencia- quer outros vejam ou não, mais realizados, mais eficientes, mais impetuosos e mais propensos a ser e tornar outros, felizes.
Sendo agora mais practico. Posso não conseguir agora aos 36 anos ser um arqueólogo (a primeira profissão de que me lembro ter querido em criança) ou um professor de filosofia como a dado ponto quis, mas isso não implica castrar toda a paixão por essas areas. Posso estudar, se não académicamente por alguma razão- seja temporal, monetaria ou ambas, posso ler, posso partilhar o que penso, ouvir atentamente e ruminar no que se passa a cada dia a minha volta, posso desligar um pouco da correria casa-trabalho e parar so para pensar. Também quis a dado ponto ser veterinário, é mais complicado neste momento, mas não me impediu de estudar livros, ser voluntário na União Zoofila, candidatar-me e conseguir trabalhar 1 ano e meio como assistente de veterinaria, adotar um cão e estar sempre a continuar a aprender com livros, medicos, com outros "donos" e com a Judy e os seus amigos de 4 patas.
A nivel emocional, posso não entender algumas escolhas das pessoas, podem me magoar,posso sentir invisibilidade na ausencia de utilidade directa, mas posso tentar entende-las, fazer-me entender. Posso não cair na espiral de imediatismo e consumismo seja nos trabalhos, familia, intimidade; que tende a nao dar nenhuma satisfaçao concreta a medio ou longo prazo. Posso atrever-me a sonhar- mesmo que com algum cepticismo que tento não pese demais nas minhas escolhas, em encontrar alguém com quem tenha um companheirismo real, que seja fisica, mental, emocional e espiritualmente enriquecedor para ambos.
Posso encontrar um lugar para a minha voz, para os meus sonhos, para a minha busca por conhecimento e por entendimento dos humanos e de Deus, para a minha capacidade e vontade de amar e ser amado. Posso tudo isto se e só se for capaz de ouvir a minha propria voz.
Quem se torna surdo de si mesmo, é mudo para o mundo e adormecido para a Vida.
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